7999164535

NO AR

FM Cidadania

fmcidadania.com.br

MEIO AMBIENTE

SENADORES DESRESPEITAM MINISTRA MARINA SILVA E UM ATÉ DIZ QUE TEM VONTADE DE ENFORCÁ-LA E ELA SE RETIRA DA COMISSÃO E NÃO ACEITA SER SUBMISSA E TRATADA COMO ANIMAL SEM CLASSIFICAÇÃO

SENADOR DEFENDE DESTRUIR AMAZÔNIA EM NOME DO PROGRSSO

Publicada em 27/05/25 às 22:04h - 4 visualizações

por FM Cidadania


Compartilhe
 

Link da Notícia:

MARDINA FOI DESTRATADA POR SER PRETA E MULHER  (Foto: FM Cidadania)

Por Julia DuailibiOctavio GuedesFelipe Turioni

 

'Me senti agredida, mas saio fortalecida', diz Marina Silva
Assista também no
--:--/--:--

'Me senti agredida, mas saio fortalecida', diz Marina Silva

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou nesta terça-feira (27) em entrevista na GloboNews que se sentiu agredida, mas que saiu fortalecida durante os embates na Comissão de Infraestrutura do Senado. Marina disse ainda que Lula ligou para ela após as ofensas.

“Eu saí dali mais fortalecida. Eles não conseguiram me intimidar”, disse a ministra na entrevista. “Ninguém vai dizer qual é o meu lugar.”

Saiba mais:

Marina abandonou a audiência pública na Comissão de Infraestrutura, que discutia a pavimentação de uma estrada na Amazônia, após uma série de bate-bocas com senadores. Ela, que havia se queixado pelo tratamento durante durante a reunião, chegou a ser impedida de falar.

'O meu lugar é trabalhando para combater desigualdade', diz Marina Silva após sofrer ofensas no Senado
Assista também no
--:--/--:--

'O meu lugar é trabalhando para combater desigualdade', diz Marina Silva após sofrer ofensas no Senado

A ministra do Meio Ambiente ouviu, ainda, do presidente da comissão, senador Marcos Rogério (PL-RO), que ela tinha que se "pôr no seu lugar".

"O meu lugar é trabalhando para combater desigualdade, ter um modelo de desenvolvimento que gere prosperidade", disse Marina na entrevista.

Lula ligou para Marina

Marina nega que tenha faltado apoio do governo após ofensas no Senado
Assista também no
--:--/--:--

Marina nega que tenha faltado apoio do governo após ofensas no Senado

Durante a entrevista, Marina negou que tenha faltado apoio dos parlamentares da base governista ao ser atacada no Senado, e disse que Lula ligou para ela após a repercussão das ofensas. "Me senti respaldada".

"O presidente Lula fez questão de ligar para mim [...] Eu fiz questão de perguntar como ele estava, porque eu estava preocupada com a saúde dele, não queria levar mais questões. E ele fez a questão de dizer: 'Passei a me sentir melhor depois que você tomou a decisão de se retirar daquela comissão. Você fez o que era certo, de não tolerar desrespeito'".

Ofensas em comissão

Senador manda Marina Silva 'se pôr no seu lugar'
Assista também no
--:--/--:--

Senador manda Marina Silva 'se pôr no seu lugar'

A ministra foi alvo de ao menos três parlamentares ao participar de audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado, nesta terça-feira (27).

A discussão começou quando Marina disse que se sentiu ofendida por falas do senador Omar Aziz (PSD-AM) e questionou a condução dos trabalhos feita por Marcos Rogério, que presidia a sessão na Comissão de Infraestrutura do Senado.

Rogério havia cortado o microfone de Marina várias vezes, impedindo-a de falar, e ironizou as queixas dela. A ministra respondeu dizendo que ele gostaria que ela "fosse uma mulher submissa""E eu não sou", completou Marina.

Sentado ao lado da ministra, Marcos Rogério olhou para ela e disse: "Me respeite, ministra, se ponha no teu lugar". A declaração provocou novo tumulto e ele tentou se explicar. Disse que, na verdade, referia-se ao "lugar" de Marina como ministra de Estado.

Os ânimos continuaram exaltados. O senador Plínio Valério (PSDB-AM) afirmou que era preciso separar a mulher da ministra porque, segundo ele, a "mulher merece respeito e a ministra, não".

Não é a primeira vez que Valério ofende Marina. Em março, em evento no Amazonas, ele afirmou que tinha "vontade de enforcá-la". Na ocasião, a ministra rebateu a declaração do parlamentar.

Por  — Brasília

 

RESUMO

Sem tempo? Ferramenta de IA resume para você

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, abandonou a Comissão de Infraestrutura do Senado Federal nesta terça-feira após bate-boca com senadores e embates sobre a pavimentação da BR-319, estrada que liga Porto Velho a Manaus.

Marina Silva deixou a sessão depois que o líder do PSDB, senador Plínio Valério (AM), afirmou querer separar a mulher da ministra porque a primeira merecia respeito, e a segunda não. A ministra disse que só continuaria na comissão se houvesse um pedido de desculpas. Plínio se recusou. Em março, disse ter vontade de enforcar a ministra.

— Ao olhar para a senhora, eu estou vendo uma ministra, não estou vendo uma mulher. A mulher merece respeito. A ministra, não. Por isso eu quero separar. — disse Valério, nesta terça.

Marina, então, se retirou da comissão afirmando que não havia respeito por parte do parlamentar, já que havia sido convidada como ministra.

— Eu fui convidada como ministra, então tem de respeitar. Eu me retiro porque eu não fui convidada por ser mulher.

Marina abandona sessão no Senado após bate-boca sobre rodovia na Amazônia
00:00/03:59

Marina abandona sessão no Senado após bate-boca sobre rodovia na Amazônia

Ao sair da comissão, Marina citou o episódio em que o senador Plínio afirmou em março que tinha vontade de enforcá-la. A ministra citou ainda os embates sobre a nova Lei de Licenciamento Ambiental, aprovada pelo Senado na última semana, e que não poderia ter tido outra atitude que não fosse deixar a comissão.

— Ouvir um senador dizer que não me respeita como ministra, eu não poderia ter outra atitude. Ele é uma pessoa que disse que da outra vez que eu vim aqui como convidada foi muito difícil para ele ficar 6 horas e dez comigo sem me enforcar, e hoje veio de novo para me agredir…. Além de pessoas que atribuem a mim responsabilidade que são deles. Dizer que a demolição da legislação ambiental praticada pelo Senado, com relatório aprovado, é responsabilidade minha é não querer honrar o voto que os elegeu. Quem tem mandato de Senador e deputado vota pelas convicções que tem, não porque alguém obrigou.

Ao sair da comissão, Marina entrou em uma reunião com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para tratar sobre o projeto de licença ambiental que agora será debatido pela Câmara.

Ela afirmou ter sido vítima de violência política de gênero e que avalia medidas jurídicas contra o senador Plínio.

— Com certeza isso acontece com a gente [mulheres] o tempo todo. Eu me senti agredida fazendo o meu trabalho. […] A gente sempre tem de avaliar o que é nosso direito e não abrir mão do nosso direito. A manifestação do senador, que disse que é muito difícil não me enforcar, eu já estava avaliando a situação com os meus advogados. Ele agravou a situação.

O senador Rogério Carvalho (PT-SE) foi um dos poucos senadores a defender a ministra no microfone durante o bate-boca:

— O debate político pode ser caloroso com divergência. Agora, manifestação de desrespeito é inaceitável. Quando alguém começa um debate dizendo que respeita a mulher, mas não respeita a ministra, isso não cabe em um debate institucional.

Após o encontro com Motta, Marina afirmou que pediu ao presidente da Câmara que o projeto de licenciamento ambiental seja analisado com calma e que setores sejam ouvidos ao longo da tramitação. O parlamentar sinalizou que vai conhecer a matéria e realizar diálogos antes de tomar uma decisão.

— Ontem entrei em contato com o presidente Hugo Motta para pedir audiência a fim de que esse relatório aprovado no Senado, que não foi debatido, para que tenha o tempo necessário de debate e conhecimento dos diferentes setores da sociedade. Para que haja o tempo necessário da democracia e transparência do que está sendo votado sobre o licenciamento ambiental, que ha décadas conseguiu se firmar e infelizmente agora está sendo amputado em relação a questões estratégicas, como a diminuição do papel dos órgãos colegiados, como o Ibama.

Outras discussões

Anteriormente, na mesma sessão, a ministra e o senador Marcos Rogério (PL-RO), presidente da comissão, também haviam discutido.

Marina Silva afirmou ter se sentido ofendida por falas do senador Omar Aziz (PSD-AM), da base do governo Lula, e questionou a condução dos trabalhos feita por Marcos Rogério. Ele ironizou:

— Essa é a educação da ministra, ela aponta o dedo…

A ministra disse que Marcos Rogério gostaria que ela "fosse uma mulher submissa".

— Eu tenho educação. O senhor gostaria que eu fosse uma mulher submissa. Eu não sou.

Rogério, então, rebateu:

— Me respeite, ministra. Se ponha no teu lugar — respondeu Rogério.

Discussão sobre BR

Durante a discussão anterior, Aziz acusou a ministra de “atrapalhar o desenvolvimento do país” por questões ambientais. Marina, por sua vez, afirmou que defende o desenvolvimento econômico com sustentabilidade e que explorações ambientais ilegais e suas consequências são “concretas”.

O senador citou mais de 5 mil obras que estariam paradas por entraves ambientais. A mais comentada foi a BR-319, que liga Manaus a Porto Velho e enfrenta um impasse com ambientalistas. Por um lado, asfaltar a rodovia — o que já foi prometido pelo presidente Lula — pode facilitar a integração da região e questões econômicas. Por outro, pode facilitar o desmatamento e ameaçar a biodiversidade da região.

— A senhora atrapalha o desenvolvimento do país. Lhe digo isso com a maior naturalidade do mundo. A senhora está atrapalhando o desenvolvimento do nosso país. Tem mais de 5 mil obras paradas por causa dessa conversinha ‘governança’, nhe nhe nhe.

Marina, por sua vez, defendeu a realização de estudos de impacto ambiental e afirmou que há picos de atividade ilegal na região quando o tema da BR-319 volta a ser discutido.

— Desde o processo em que vem se discutindo o anúncio da estrada, quando se fala da estrada a primeira coisa que tem é uma corrida de grilarem. Por isso o que se propõe desde lá é a avaliação ambiental estratégica. Qual é o problema de fazer? De ter governança? Estamos propondo desde sempre, por que não faz? Agora o ministro Renan [dos Transportes] está trabalhando para fazer, porque é isso que dá segurança aos empreendimentos (…) Não é questão ideológica. Desmatamento, exploração ilegal de madeira, garimpo ilegal é objetivo.

Marina também afirmou que o tema é complexo e por isso não teve solução ao longo dos 15 anos em que ficou fora do governo.

— Temos visões que podem ser diferentes, mas gostei de uma equação que Vossa Excelência coloca: que não é conversa fiada, mas coisa concreta (…) Uma coisa é concreta, concretíssima. O debate da 319 virou um debate em cima de "bode expiatório", que chama Marina Silva. É concreto que saí do governo em 2008. Até 2023, são 15 anos. Por que as pessoas tão dadas a coisas concretas não fizeram a BR?

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já sinalizou apoio à recuperação, incluindo trechos mais críticos, mas com condicionamento ambiental. Uma das propostas é avançar com as obras em trechos já liberados por licenciamento, enquanto Ibama e o Ministério do Meio Ambiente analisam o impacto do asfaltamento completo.

Falta de apoio no governo

Marina foi ao Senado após a aprovação do projeto que muda normas de licenciamento ambiental. Dois terços dos 54 votos a favor da flexibilização (houve 13 contrários) vieram da base.

A ministra já sinalizou que vai pedir que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vete trechos do projeto, caso seja aprovado na Câmara, acrescentando que a mobilização popular poderia reverter as mudanças.

Entre as mudanças mais criticadas por ambientalistas, pela ministra e por sua equipe está a substituição do licenciamento em três etapas por uma só. O projeto também permite que comunidades tradicionais, como indígenas ou quilombolas, que sejam afetadas por empreendimentos sejam ouvidas no processo apenas no caso de estarem em territórios já homologados.

Além disso, a proposta isenta atividades de licenciamento ao prever que empreendimentos de pequeno e médio porte e potencial poluidor poderão ter uma Licença por Adesão e Compromisso, automática e autodeclaratória.

Embora o PT tivesse orientado contra o projeto, o fato de o governo não ter trabalhado para obstruir as sessões em que a proposta avançou e no corpo a corpo com senadores foi visto como um aceno à pauta no Congresso. Outro sinal foi uma emenda do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que autoriza licenciamentos especiais para obras consideradas estratégicas pelo Conselho de Governo do presidente.

Senador já falou em “enforcar” Marina Silva; saiba quem é Plínio Valério

Discussão com senador foi estopim para ministra do Meio Ambiente deixar sessão de comissão no Senado
Da CNN, São Paulo
Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) recebe a ministra de Estado do Meio Ambiente e Mudança do Clima, para discutir com os senadores a possível criação de uma unidade de conservação marinha na Região Norte. Em pronunciamento, à bancada, senador Plínio Valério (PSDB-AM).
Plínio Valério: "A mulher merece respeito, a ministra, não"  • Geraldo Magela/Agência Senado

Em março, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) já havia dito que sentia vontade de “enforcar” a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

Nesta terça-feira (27), um bate-boca entre Valério e Marina na Comissão de Infraestrutura do Senado levou a ministra a se retirar de sessão para a qual havia sido convidada.

"); background-size: 80% 80%; background-repeat: no-repeat; background-position: center center; min-width: 549.333px; min-height: 309px;">

Minutos antes, Marina já havia se desentendido com o presidente do colegiado, Marcos Rogério (PL-RN), após ele ironizar a “educação” da ministra enquanto ela respondia ao senador Omar Aziz (PSD-AM).

Na sequência, fazendo uso da palavra, Valério disse: “ministra, que bom reencontrá-la. E ao olhar para a senhora, estou vendo uma ministra. Não estou falando com a mulher. Estou falando com a ministra.”

Com o microfone ainda desligado, Marina disse que era “as duas coisas”: mulher e ministra.

Logo, Plínio Valério declarou: “porque a mulher merece respeito, a ministra, não”; então, deu-se início à discussão entre ambos.

“O senhor que diz que queria me enforcar. Foi o senhor que disse que queria me enforcar”, relembrou Marina.

Contexto

A fala do senador recordada por Marina ocorreu durante evento da Fecomércio do Amazonas.

Valério, na ocasião, disse sentir vontade de “enforcar” Marina ao relembrar a participação da ministra na CPI das ONGs.

Em nota após a repercussão da fala, Valério disse que usou uma “figura de linguagem” ao falar em “enforcar” Marina.

“Para expressar meu sentimento e indignação ao ouvir a ministra Marina Silva dizer na CPI das ONGs que não se pode construir uma estrada apenas para a população passear de carro”, justificou.

Na época, Marina retrucou Valério dizendo que “só os psicopatas são capazes de fazer isso” — no caso, dizer que gostaria de enforcá-la. Já o senador, no plenário do Senado, negou se arrepender da conduta.

Comissão

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) citada pelo senador investigava a atuação de organizações não-governamentais (ONGs) na Amazônia e a utilização de recursos públicos e advindos do exterior por estas entidades.

Quem propôs e presidiu a comissão, que transcorreu ao longo de 2023, foi o próprio senador. Já a relatoria do colegiado ficou com Marcio Bittar (União Brasil-AC).

No relatório final da comissão, Bittar chegou a apontar que havia uma relação de “promiscuidade” entre Marina e ONGs que atuam na região.

“No evento (na Fecomércio), falava sobre os desafios do mandato, especialmente as dificuldades para a pavimentação da BR-319, impedida pela ministra”, dizia a nota emitida pelo senador em março.

A BR-319 liga Manaus a Porto Velho. As obras na rodovia estão travadas em meio a problemas com licenciamentos, e o senador acusa órgãos ambientais e ONGs de agirem contra o empreendimento.

Quem é Plínio Valério

Plínio Valério é senador desde 2019. Antes, havia sido vereador em Manaus e ocupado uma das vagas de deputado federal por Amazonas advindo da suplência, por alguns meses em 2013.

A questão da BR-319 é tanto uma das principais bandeiras do mandato de Valério, como o principal ponto de embate entre o senador e a ministra do Meio Ambiente.

Recorrentemente, Valério se utiliza de discursos no Senado para reiterar críticas à ministra.

Em discurso no final de abril em sessão no Senado, Valério disse: “enquanto ela (Marina Silva) destratar os amazonenses, enquanto ela ironizar os amazonenses e gozar deles na cara, eu vou ter que repudiar aqui sempre.”




ATENÇÃO:Os comentários postados abaixo representam a opinião do leitor e não necessariamente do nosso site. Toda responsabilidade das mensagens é do autor da postagem.

Deixe seu comentário!

Nome
Email
Comentário
0 / 500 caracteres


Insira os caracteres no campo abaixo:


Enquete
Qual dessas Redes Sociais voce acessa?

 Facebook
 Instagram
 Twitter
 Youtube







.

wtsap +55 7999916-4535

79999164535

Visitas: 16665
Usuários Online: 1
Copyright (c) 2025 - FM Cidadania - radio da democracia
Converse conosco pelo Whatsapp!